Hospital Universitário da UFSCar oferece atendimento a adolescentes em situação de vulnerabilidade

TERÇA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2023 Hospital Universitário da UFSCar oferece atendimento a adolescentes em situação de vulnerabilidade

Neste mês de julho, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), principal instrumento para garantir os direitos das crianças e dos adolescentes brasileiros, completa 33 anos. Apesar das três décadas do estatuto, o País ainda enfrenta desafios imensos, como a violência contra crianças e adolescentes. Nesse contexto, é imprescindível o apoio de órgãos que garantem os direitos e a proteção desses jovens. O Hospital Universitário (HU) da UFSCar, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), participa dessa rede de apoio com o ambulatório AdoleSer, que oferece atendimento a adolescentes que têm condições complexas relacionadas a essa fase da vida e que não puderam ser resolvidas pela rede de atenção à saúde.

Os pacientes são encaminhados pela Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross) da Secretaria Municipal de Saúde, ou após discussão de casos com as instituições que cuidam desse público, como a Casa de Acolhimento, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Creas. O atendimento é realizado por equipe composta por profissionais da Pediatria e Enfermagem, além de alunos da Enfermagem, Psicologia, Terapia Ocupacional, Educação Física e Medicina, e residentes em Pediatria e Saúde da Família, e conta com o apoio de três docentes dos departamentos de Enfermagem (DFisio) e Terapia Ocupacional (DTO) da UFSCar.

O objetivo do AdoleSer é promover uma atenção integral, considerando os aspectos físicos, psicológicos e sociais dos adolescentes. Conforme explica Mariana Bueno da Silva, pediatra do AdoleSer, o primeiro atendimento acontece em três momentos distintos - conversa com família e adolescente, conversa com família e conversa com adolescente. "Após esse atendimento, é realizada uma discussão em equipe e proposto um plano de tratamento. De acordo com cada situação, o adolescente continua em seguimento conosco, retorna para atendimento na Atenção Básica ou pode ser encaminhado para outros serviços, com os quais tentamos manter contato frequente e discussão de temas pertinentes", relata a médica. 

Além do atendimento ambulatorial do AdoleSer, a equipe também oferece o atendimento territorial com visitas ao espaço de vivência do adolescente para trabalhar questões de prevenção e promoção à saúde. "Vamos olhar além da questão que levou o paciente a ser encaminhado ao ambulatório, olhamos para ele como um todo, assim como para a família dele, para o lugar em que ele está inserido. Conseguimos pegar as singularidades e traduzir num tratamento mais individualizado", explica a pediatra para reforçar a atenção integral ofertada aos pacientes. "Existem diferentes adolescências e cada um passa por esta fase de forma diferente. Por isso, temos que considerar as necessidades de cada um", conclui a médica.