Nesta quinta-feira, 8 de junho, é celebrado o Dia Mundial do Oceano e, na data, o projeto internacional de pesquisa e extensão "AtlantECO", vinculado à UFSCar, lança vídeo inaugural da série de animação "Max e sua turma em: Descobrindo o Mar". Voltado a pesquisas que subsidiem a preservação do microbioma marinho e à disseminação da cultura oceânica, o projeto lança a série para o público infantil, com informações sobre os serviços ecossistêmicos que o mar oferece, o excesso de resíduos plásticos no oceano e a importância desse bioma para a temperatura do Planeta.
Em produção desde o ano passado, a série, desenvolvida em parceria com o Instituto da Cultura Científica da UFSCar (ICC), terá três episódios: O mar que a gente respira; O plástico a caminho do mar; e Vento quente e chuva fria. Os vídeos exploram desde os microrganismos que vivem no mar até o importante papel do oceano no controle do clima da Terra, passando por questões como o alto volume de plástico e microplástico despejado no mar, o impacto das ações humanas na vida marinha, até a importância de medidas de preservação que podem ser adotadas por toda a sociedade.
Na série, Max Plâncton é um zooplâncton curioso que adora se aventurar por diferentes locais do oceano para aprender mais sobre o fundo do mar e conhecer novos amigos. Na companhia de Emiliana e Juba, suas amigas inseparáveis, ele passeia desde o Oceano Austral até Abrolhos, na Bahia. A turma conhece novas personagens, suas histórias e desafios para viver no mar. Cientistas reais, pesquisadores de diferentes universidades brasileiras, também participam da série com informações importantes que ajudam a turminha do fundo do mar e os espectadores a compreenderem melhor a importância do oceano para a vida na Terra.
A série completa será lançada em breve e ficará disponível na Internet para acesso gratuito. O material também servirá de apoio para professores e escolas trabalharem as temáticas com crianças do Ensino Fundamental.
Para Hugo Sarmento, docente no Departamento de Hidrobiologia da UFSCar e um dos coordenadores do projeto AtlantECO, iniciativas como a série são importantes para promover a cultura oceânica, mostrando aspectos que influenciam a vida de todas as pessoas. "Começar pelas escolas e pelas crianças é fundamental porque elas levam os conceitos para as gerações futuras, para os adultos em casa, sendo um bom veículo para chegarmos à sociedade. É um considerável esforço para colhermos, em longo prazo, os frutos da sensibilização e do conhecimento sobre o oceano e a importância dele para todos nós", descreve o professor.
"São poucos minutos entregues ao público neste momento, mas que resultam de um trabalho de quase um ano na parceria entre o Instituto e o AtlantECO. Projetos de fomento à cultura científica de fôlego exigem essa dedicação, esse investimento em longo prazo, e ficamos muito entusiasmados com os primeiros resultados dessa parceria, que entendemos inclusive como modelo para a expansão futura do ICC", comenta a Diretora do Instituto, a jornalista Mariana Pezzo.
Para a realização da série, junto com outras iniciativas de Comunicação Pública da Ciência, o AtlantECO viabilizou bolsas para atuação, junto à equipe do ICC, da jornalista Gisele Bicaletto, que elaborou os roteiros da série, e de bolsistas de graduação. Gabriel Scarpat e Bêlit Alencar, ambos estudantes de Imagem e Som, são responsáveis pela ilustração dos personagens, e Alencar fez a animação. Pezzo, além da coordenação geral, é responsável pelo argumento e delineamento inicial dos personagens, junto com Tárcio Minto Fabrício, pesquisador da área de divulgação científica e ensino de ciências vinculado ao Laboratório Aberto de Interatividade para a Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI). O trabalho também contou com o apoio de Maurício Xavier, da equipe do ICC, e de integrantes do Laboratório de Biodiversidade e Processos Microbianos (LMPB), que apoiaram na revisão do conteúdo científico.
O vídeo inaugural pode ser acessado no canal da UFSCar no YouTube.
AtlantECO
Financiado pela União Europeia, o projeto reúne pesquisadores de 13 países da Europa, Brasil e África do Sul, e tem como objetivo desenvolver recursos para melhor compreensão e gestão do Oceano Atlântico, com engajamento também de atores da indústria e gestores públicos, bem como de cidadãos em geral. Os três pilares principais do projeto envolvem o estudo do microbioma oceânico,a questão do plástico nos oceanos e a conectividade na paisagem oceânica.
O Departamento de Hidrobiologia (DHb) da UFSCar é uma das 36 organizações que participam do AtlantECO. No LMPB, sob orientação de Sarmento, é realizada a coordenação das campanhas oceanográficas feitas no Brasil, bem como o sequenciamento de DNA e a manutenção de banco de amostras do Atlântico Sul, além do levantamento de dados já existentes para compilar a maior base de dados sobre a região. Dentre as atribuições do LMPB também está o tratamento bioinformático de todos os dados levantados.
Para saber mais sobre o AtlantECO, acesse www.atlanteco.eu. Informações sobre o LMPB da UFSCar estão disponíveis no Instagram.