O Conselho Deliberativo da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aprovou o balanço fiscal e as atividades desenvolvidas pela Fundação ao longo de 2021. Presidido pela Reitora da UFSCar Ana Beatriz de Oliveira, o órgão é a maior instância de tomada de decisões da FAI. Targino de Araújo Filho, Diretor Executivo da Fundação de Apoio, apresentou aos conselheiros os números e os destaques do exercício. Em 2021, a FAI gerenciou 868 projetos, sendo 808 iniciativas da UFSCar, 45 ações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) e outros 15 projetos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Deste total, 272 foram iniciados no ano passado.
Por meio da gestão administrativa e financeira de projetos, a FAI captou R$ 96 milhões ao longo de 2021. Outros R$ 236 milhões já eram gerenciados pela Fundação. Desta forma, foi possível apoiar a UFSCar com cerca de R$ 1,6 milhão em diferentes ações, como, por exemplo, por meio dos Programas de Fomento de Apoio à Pesquisa (PAPq) – ampliado no ano passado, com assessoria em projetos de Engenharia e em atividades de comunicação e divulgação científica com a Rádio UFSCar. De acordo com o balanço apresentado, para além deste investimento foi registrado ainda um superávit de aproximadamente R$ 2 milhões.
Dentre os destaques de 2021, foram ressaltados o desenvolvimento do Programa de Fomento à Permanência Estudantil CRIE (Captação de Recursos para Investimento em Equidade), que foi estruturado de forma emergencial diante da redução de recursos destinados à Universidade nos últimos anos. Por meio do CRIE, foram arrecadados pouco mais de R$ 80 mil, destinados a inclusão e acessibilidade de estudantes com deficiência, dentre outras ações. Iniciativas de enfrentamento a pandemia, por meio do ProDIn (Projeto de Desenvolvimento Institucional), e o trabalho desenvolvido com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), também foram destacadas na reunião.
Targino de Araújo Filho também abordou a mudança do estatuto da FAI, a reestruturação organizacional e o mapeamento de processos realizado na Fundação, que deve trazer resultados em breve, e a regularização das licenças para aquisição de reagentes químicos. “Foram reorganizados tanto os processos de compra, como os de manuseio, manutenção e descarte”, afirmou. O Diretor Executivo ainda citou a aprovação da nova resolução de compras, a implementação de várias ações relacionadas a Lei Geral de Proteção de Dados e investimentos em infraestrutura, como a compra de um gerador, novo servidor, a troca de sistema de backup e telefonia. A aprovação do pedido de autorização da FAI para atuar como Fundação de Apoio junto à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), visando prioritariamente o atendimento ao Hospital Universitário da UFSCar, também foi tratada.
Além da Presidência e Vice-Presidência, ocupadas respectivamente, pela Reitora e Vice-Reitora da UFSCar, pró-reitores, diretores de centro, representantes docentes e técnico-administrativos, além de integrantes de entidades científicas do Conselho Deliberativo da FAI, composto no total por 27 membros, elogiaram o trabalho desenvolvido pela equipe da Fundação. “A FAI faz total diferença, principalmente, nesse período em que temos tido uma dificuldade atrás da outra com o financiamento da Universidade. Saber que a UFSCar pode contar com a FAI em questões estratégicas é bastante reconfortante”, concluiu Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da UFSCar.
Isenção
O Conselho Deliberativo da FAI também aprovou a isenção da cobrança das Despesas Operacionais e Administrativas (DOA) do projeto que oferece cursinho pré-vestibular em São Carlos, com extensão da medida também aos campi de Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino. Iniciativas dessa natureza preparam os estudantes de baixa renda para ingressar no ensino superior ao mesmo tempo em que oferece aos estudantes de graduações na área uma oportunidade de estágio para complementar a formação acadêmica.