Na última sexta-feira, dia 27 de maio, as crianças atendidas na unidade pediátrica do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh) tiveram um dia diferente, com jogos - como dobradura, dominó e pega varetas, contação de histórias e cantigas clássicas infantis, para comemorar o Dia Internacional do Brincar, celebrado no dia 28 de maio. Neste ano, a data que está no calendário do Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef), teve como tema "Redescobrir o brincar".
A proposta foi elaborada por profissionais da unidade em conjunto com as professoras Monika Wernet e Alana Forneretto, respectivamente do Departamento de Enfermagem e de Terapia Ocupacional da UFSCar. Pós-graduandos e estudantes de ambos os cursos integraram a ação. Segundo as docentes, o brincar é a ocupação principal da criança, um direito dela, de modo que, independentemente do ambiente onde esteja, deve ser garantido e promovido.
“Esse tipo de ação é importante para amenizar os possíveis impactos que o ambiente hospitalar pode causar nas crianças. A hospitalização na infância tende a gerar efeitos traumáticos e estressantes, sobretudo por expô-la a um ambiente intimidante, com manipulações e procedimentos invasivos. A incorporação rotineira do brincar em unidades de hospitalização ameniza este efeito", aponta Wernet.
Para Amanda Cristina Balbino dos Santos, mãe da Larissa, que tem três anos e está internada no HU, esse tipo de ação é muito importante. "Ajuda a criança a distrair, a não ficar tão irritada, tão estressada. Porque é um local que você não pode ver a luz do sol, então ajuda bastante, eles ficam mais felizes. Enquanto estão internados, ficam longe da escola, então, ter este tipo de atividade é muito importante", avalia.
Com a inserção do Dia Internacional do Brincar na unidade pediátrica do HU também foi instaurado um espaço de sensibilização e formação entre estudantes e profissionais da saúde do Hospital. “Propusemos a intervenção na unidade pediátrica do HU para ofertar a ação às crianças e seus acompanhantes, bem como sensibilizar atuais e futuros profissionais para a relevância do brincar e sua potência. Os estudantes testemunharam os benefícios. O simples ato de presenciar outros brincando tem chances de ampliar sua incorporação nas práticas profissionais e contribuir com um maior número de profissionais brincantes", apontam Monika Wernet e Alana Forneretto.