O Conselho Universitário (ConsUni) deliberou pela permanência da UFSCar na Fase 1 do seu Plano de Retomada das Atividades Presenciais, que permite a realização presencial de atividades de ensino prático – incluindo todos os tipos de estágio e práticas profissionais – e atividades de pesquisa em laboratório sem a participação de pessoas sem vínculo direto com a UFSCar, além das atividades já aprovadas na Fase 0. Com essa decisão, está mantido o Calendário Acadêmico Suplementar, com atividades práticas para os estudantes de graduação, com início em 31 de janeiro. A reunião pode ser assistida no canal UFSCar Oficial no YouTube.
Também foi aprovado ajuste no item 6.4 do Plano de Retomada (Resolução ConsUni nº 68). Na versão anterior, qualquer degeneração na curva epidêmica, observada por meio dos indicadores internos ou externos, implicava o retorno para a fase anterior do Plano. Agora, a degeneração implica em análise contingencial. A mudança segue recomendações do Núcleo Executivo de Vigilância em Saúde (NEVS) e do Comitê Gestor da Pandemia (CGP).
Foi deliberada também a necessidade de fortalecimento das ações educativas e de conscientização sobre medidas de biossegurança, bem como a criação de um mecanismo, a ser elaborado, que possa receber notificações de problemas e realizar abordagens educativas para garantir que as pessoas da comunidade sigam os protocolos.
No início da reunião, a Reitora, Ana Beatriz de Oliveira, apresentou detalhadamente os trabalhos realizados neste mês para balizar as propostas levadas ao ConsUni, a partir do acompanhamento do cenário epidemiológico, com destaque para o impacto da variante Ômicron, e de reuniões entre gestores da Universidade (especialmente os da área da Saúde), e com NEVS e CGP.
Em sua apresentação (que pode ser conferida neste link), a dirigente destacou como a Universidade se preparou para enfrentar a pandemia com o desenvolvimento da estrutura de vigilância epidemiológica, a normatização de planos de contingência, a elaboração dos protocolos, compra de equipamentos individuais de proteção, a conscientização sobre as medidas de biossegurança e a exigência da vacinação, e como o cumprimento destas medidas é fundamental para o controle da pandemia.
“Sabemos da necessidade de estarmos atentos aos indicadores epidemiológicos e os desafios que a pandemia ainda nos trará, mas estamos em um novo momento, com a vacinação em andamento e em que contamos com medidas não farmacológicas de biossegurança e protocolos preventivos que, se seguidos corretamente, nos permitem seguir na Fase 1”, registrou a Reitora.
Ela também enfatizou o impacto do afastamento das atividades acadêmicas presenciais na qualidade da formação oferecida e, além disso, na saúde mental de todas as pessoas envolvidas e, muito especialmente, de estudantes. Ao longo da reunião, conselheiros e conselheiras manifestaram reiteradamente a relevância de considerar neste momento, além do risco epidemiológico, os demais riscos envolvidos, com destaque à evasão.
“Manter a Universidade na Fase 1, com o início do Calendário Acadêmico Suplementar em 31 de janeiro, nos permite essa volta gradual e colocar em prática a nossa estratégia de vigilância epidemiológica para que possa ser aprimorada, no que for necessário, para o momento em que o número de atividades e aulas presenciais for aumentado, já que a expectativa é de que em maio iniciaremos o período letivo de 2022 de forma presencial, conforme previsto pelo Ministério da Educação”, lembrou a Reitora.
A Reitora informou também sobre a divulgação, na última quinta-feira (20/1), da orientação sobre o fornecimento de álcool em gel e de máscara que, conforme deliberado pelo ConsUni, será fornecida, pelo menos, a máscara cirúrgica para os estudantes em atividades de graduação, a partir da solicitação dos departamentos.
Ela comentou também a decisão de oferecer, neste momento, máscaras para servidores que não tenham acesso aos tipos de máscaras recomendados, destacando que o próprio servidor avalia se precisa ou não solicitar as máscaras e que todas que foram pedidas serão entregues. “Temos uma situação orçamentária ainda crítica e ainda não temos a Lei Orçamentária Anual (LOA) sancionada. Portanto, não sabemos o nosso panorama financeiro para 2022. Por isso, optamos por fazer essa experiência para a entrega de máscaras aos servidores, para entender a demanda e estudar a viabilidade do fornecimento”, destacou.