Aprendizagem e gestão de tecnologia, formação de professores, produção de materiais didáticos e conteúdos inovadores foram os principais temas debatidos por especialistas durante o Congresso Internacional de Educação e Tecnologias e o Encontro de Pesquisadores em Educação a Distância (CIET:EnPED:2018), promovidos pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Os eventos foram organizados em duas etapas, uma virtual e outra presencial. A etapa presencial contou com mesas-redondas que abriram espaço para diversas experiências e debates sobre os desafios das práticas de ensino mediadas pelas tecnologias digitais de informação e comunicação. Já a etapa virtual teve um programação disponível em horários livres e flexíveis, com interações entre participantes e especialistas em ambiente online. Na etapa virtual, foram 490 apresentações de pesquisas e, na presencial, 298 trabalhos apresentados. Além das mesas-redondas, minicursos e apresentações de trabalhos, também integraram a programação lançamentos de livros e atrações culturais.
Entre vários outros assuntos, também foram discutidas plataformas didáticas digitais, tutoria e mediação pedagógica, métodos avaliativos, metodologias ativas, jogos e aplicativos para a educação. "O evento contou com participantes de todos os Estados do Brasil e, também, de outras partes do mundo, como Colômbia, Argentina, Portugal e Espanha. Ao todo, foram 1.750 participantes, sendo 1.250 na etapa virtual e 500 na etapa presencial", comemorou Daniel Mill, professor do Departamento de Educação (DEd) da UFSCar e Presidente da comissão organizadora do evento.
"O evento tem crescido a cada edição. Esta é a quarta vez que realizamos e temos mais participantes e mais pesquisas apresentadas. A temática, antes, era focada na Educação a Distância; hoje já tratamos do tema mais geral - Educação e Tecnologias -, em sintonia com o que ocorre com a Educação atualmente. A EaD deixou de ser novidade e é mais interessante pensarmos na educação como um todo, mediada pelas tecnologias, independentemente de ser a distância ou presencial", afirmou Glauber Lúcio Alves Santiago, professor do Departamento de Artes e Comunicação (DAC) da UFSCar e um dos organizadores do evento.
"Os desafios debatidos não são só referentes à EaD, são também da educação presencial", analisou, durante o evento, a docente Marilde Terezinha Prado Santos, dirigente da Secretaria Geral de Educação a Distância (SEaD) da UFSCar e integrante da comissão organizadora. "Creio que todas as palestras apresentadas no CIET:EnPED:2018 foram excelentes tanto para a modalidade EaD quanto para a modalidade presencial", complementou Maria Angélica Zanotto, Coordenadora de Processos de Ensino-Aprendizagem da SEaD.
"Já é consenso que não há mais essa divisória entre as modalidades", afirmou Zanotto, fazendo referência à fala da professora Sara Dias Trindade, da Universidade de Coimbra (Portugal), que não vê diferenças entre o ensino virtual e o presencial. "Eu vejo momentos em que um ou outro favorece a aprendizagem de nossos alunos", afirmou ela. Trindade fez eco a outros conferencistas ao questionar a proibição do celular em sala de aula: "Como eu vou fazer isso? Os alunos são nômades digitais,