A prática de atividade física em jejum ganha cada vez mais adeptos, assim como exceder na quantidade de exercícios. Os especialistas questionam essas tendências que prometem resultados imediatos.
“As pessoas procuram uma receita pronta para atingir um corpo perfeito”, salienta o professor de Educação Física, Fernando Fabrizzi, que junto com o docente de Genética da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Anderson Ferreira da Cunha, lançam o curso “Biotecnologia Aplicada ao Esporte”, cujas inscrições já estão abertas.
A utilização da biologia molecular está crescendo nos últimos anos. “Conhecer os mecanismos bioquímicos e moleculares desencadeados durante o exercício pode auxiliar no desenvolvimento de ferramentas que tragam melhores respostas ao rendimento físico”, salienta Cunha.
O curso é voltado para profissionais da saúde que atendem o paciente diretamente, como nutricionistas, fisioterapeutas, médicos, educadores físicos, mas também para profissionais que atuam em laboratórios, como biólogos, físicos, biotecnólogos, entre outros.
Os participantes também receberão embasamento teórico e prático quanto às análises genéticas, que são cada vez mais utilizadas para descobrir talentos no esporte. “É possível identificar, por meio dos genes, qual a aptidão que um jovem tem para determinado esporte”, explica Fabrizzi.
O curso, com duração de 16 horas, será ministrado nos dias 3 e 4 de junho. As aulas serão teóricas e práticas no Laboratório de Genética com certificado da UFSCar aprovado pelo Ministério da Educação. As inscrições vão até o dia 25 de maio e devem ser feitas pelo site www.biotecesporte.faiufscar.com.