Apesar dos diversos tipos de intervenções fisioterapêuticas existentes, há poucas técnicas especificas para o tratamento de bebês e crianças com problemas no sistema nervoso, como paralisia cerebral e microcefalia, ou alterações genéticas, como a síndrome de Down. Tendo em vista essa realidade, há 30 anos, o Núcleo de Estudos em Neuropediatria e Motricidade (NENEM) da UFSCar desenvolve pesquisas com o objetivo de apresentar evidências científicas das técnicas de intervenção precoce para resolver ou prevenir alterações motoras. Dentre os estudos já realizados, estão os relacionados ao estímulo do alcance manual, ao controle da cabeça e também de chutes.
“Se o paciente apresentar desvios ou alterações em seu desenvolvimento deve-se buscar sanar essas deficiências. E quanto mais precoce ocorrer a intervenção mais chances há do bebê e da criança se recuperarem”, ressalta Eloísa Tudella, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar e coordenadora do NENEM. A especialista relata que nos primeiros quatro meses de vida o terapeuta atua para habilitar e não reabilitar o recém-nascido. “A intervenção precoce deve ser realizada antes que se detectem manifestações clínicas”, afirma.
A professora da UFSCar explica que é de extrema importância que o terapeuta conheça os diferentes instrumentos de avaliação para selecionar o adequado que atenda suas expectativas. Para diferenciar os bebês com desenvolvimento típico daqueles com atraso, existem vários métodos, cujo uso varia de acordo com a idade do paciente e o que se deseja analisar. “Após uma análise criteriosa das funções e estruturas do corpo e da participação nas atividades da vida diária deve-se tomar a decisão se este deverá ou não iniciar a intervenção”, ressalta a especilista.
Por ser uma área da saúde em pleno crescimento e cada vez mais reconhecida e necessária, profissionais especializados têm sido bastante requeridos e absorvidos no mercado de trabalho. Eloisa Tudella lembra que para um terapeuta atender bebês e crianças na área da neuropediatria é fundamental uma especialização que os capacite para avaliar os pacientes por meio de escalas aceitas e padronizadas mundialmente, como as ensinadas no Curso em Intervenção em Neuropediatria da UFSCar, que está com inscrições abertas até o dia 30 de março por meio do site www.neuropediatria2017.faiufscar.com.
“O curso tem disciplinas teóricas e práticas ministradas pelos melhores especialistas da área e com larga experiência científica e clínica”, afirma a docente, quem também é responsável pela pós-graduação. Ela conta ainda que enquanto ainda são escassas as universidades e faculdades nacionais que oferecem cursos de aperfeiçoamento e de especialização na área de neuropediatria, a pós-graduação da UFSCar já está na 16ª edição. “A estrutura da pós-graduação, consolidada pelas experiências adquiridas, é sempre reavaliada baseada na opinião dos alunos egressos, muitas vezes doutores e docentes de Universidades Federais e Estaduais”, relata.
O Curso de Especializaç&am