Atualmente, 54% da população mundial vive em áreas urbanas. Compostas por inúmeros edifícios, as cidades abrigam uma grande aglomeração de pessoas, que desenvolvem atividades sociais, econômicas, industriais, comerciais, culturais e administrativas. Essa vivência agitada cobra investimentos na qualidade de vida coletiva, o que demanda intervenções físicas inovadoras.
A intensificação do desenvolvimento urbano e tecnológico levou, historicamente, a obras de infraestrutura de grande porte, como a construção de malhas viárias com extensas áreas impermeabilizadas, acarretando elevação das temperaturas, destruição das áreas verdes e graves problemas na drenagem natural das águas da chuva. Segundo a docente do Departamento de Engenharia Civil (DECiv) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e atual secretária de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de Araraquara (SP), Luciana Gonçalves, essa situação trouxe consequências sérias, como alagamentos, enchentes e até epidemias. “Durante os períodos de chuvas intensas há constantes prejuízos socioeconômicos, sanitários e ambientais nas cidades”, lembra a urbanista.
Para a especialista, novos conceitos, como o desenvolvimento urbano sustentável, têm avançado. “As pesquisas e práticas conduzidas pelas universidades buscam inovações em métodos e materiais, além da gestão sustentável dos recursos naturais”, comemora Luciana. “Precisamos reduzir as consequências do impacto ambiental urbano por meio de outros modelos de desenvolvimento que sejam menos agressivos”, defende.
Visando reunir diferentes estudiosos, especialistas e profissionais das áreas de Urbanismo, Saneamento, Mobilidade Urbana, dentre outras, que buscam soluções conjuntas para o Desenvolvimento Sustentável, acontece na UFSCar o I Simpósio Nacional de Gestão e Engenharia Urbana (SINGEURB). Serão três dias intensos, de 25 a 27 de outubro de 2017, de discussões sobre “Cidades e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”. “As palestras, mesas redondas, oficinas, minicursos e apresentações de trabalhos técnicos e científicos, bem como as publicações geradas no I SINGEURB, sem dúvida alguma, trarão importantes colaborações”, afirma Bernardo Teixeira, docente do DECiv da UFSCar e coordenador do evento.
Os interessados em apresentar projetos técnicos e científicos nas áreas de Gestão e Planejamento Urbano, Transporte e Mobilidade, Saneamento e Recursos Hídricos, Geotecnia e Geoprocessamento, Urbanismo, Habitação e Tecnologias Aplicadas, podem submeter seus resumos até o dia 10 de março, por meio do site www.singeurb2017.faiufscar.com, no qual também é possível encontrar informações sobre inscrições, o cronograma completo e dados sobre transporte, hospedagem, alimentação, lazer e turismo em São Carlos. A programação completa do I SINGEURB será divulgada em breve.
(foto: FAI.UFSCar)